MENESES – Mas de agora em diante pode acusar a quem quiser!...
CAROLINA – Eu só acuso à mim mesma, Sr. Meneses.
CENA IV
LUÍS E MENESES.
MENESES – Pobre moça!... Quem diria que depois daquele delírio do prazer viria uma tão nobre e tão santa resignação!
LUÍS – Isto prova, Meneses, que nem sempre o mundo tem razão; que estas faltas que ele condena encerram às vezes uma grande lição. As mais belas almas são as que saem do erro purificadas pela dor e fortalecidas pela luta.
MENESES – Concordo; para Deus assim é, para os homens, não.
LUÍS – Para os homens também. Eu hoje respeito e admiro a virtude de Carolina!
MENESES – Não duvido; há virtudes que se respeitam e admiram, mas que não se podem amar.
LUÍS – Por que razão?
MENESES – Porque o amor é um exclusivista terrível; foi ele