Página:As asas de um anjo.djvu/216

Wikisource, a biblioteca livre

CENA VII

OS MESMOS, CAROLINA E MARGARIDA.

CAROLINA – Minha filha!... Como está bonita!... Tu conheces tua mãe?... Abraça-me!

LUÍS (a Ribeiro.) – Tem ânimo de separá-las?

RIBEIRO – Custa-me!... É verdade!

LUÍS – Não lhe digo nada mais, Sr. Ribeiro. Ali está uma mulher que o senhor fez desgraçada; hoje que ela vai reabilitar-se, consulte a sua consciência, e proceda como entender. Se julga que depois de a ter seduzido deve ser um obstáculo à sua regeneração, arranque-lhe a filha dos braços, e complete a sua obra.

RIBEIRO – Se soubesse como amo esta menina!

LUÍS – Não mostra!

RIBEIRO – Que diz, senhor!

LUÍS – Se a amasse verdadeiramente não hesitaria em fazer-lhe esse sacrifício. Que responderá o senhor um dia à sua filha quando ela lhe perguntar por sua mãe?...

RIBEIRO – Basta, senhor! (Corre ao berço.)

CAROLINA (assustada.) – Quer levá-la outra vez?