não podemos ampliar os empreendimentos econômicos em um modo de produção capitalista cuja acumulação se agigantou a partir da aplicação dos frutos da Segunda Revolução Tecnológica." (SILVEIRA, 2001, p.7)
Já a Terceira Revolução Tecnológica - também chamada de Revolução das Novas Tecnologias da Informação, Revolução Digital, Revolução Informacional ou Era do acesso -- se caracteriza pelo uso da informática e da telemática, em destaque os computadores, como ferramentas essenciais para atividades econômicas, comunicacionais e para as relações de poder. Silveira, ao ponderar essa cadeia evolutiva, indica que "o importante é perceber que a apropriação e os usos dessas tecnologias, bem como o controle dos fluxos de informação, são novas questões políticas e sociais." (SILVEIRA, 2001, p.10)
E é nesse contexto sócio-político que surge o termo ciberespaço que, de acordo com Koepsell (2004) e Levy (1999), teve a sua definição formada pelo romancista Willian Gibson em sua ficção "Ciberpunk", se referindo a uma espécie de "alucinação consensual" vivenciada por usuários de uma rede de computadores do futuro, alguns atores conseguem entrar "fisicamente" num novo espaço de dados para lá passarem por diversas aventuras. Algo similar ao que ocorre com o protagonista Neo na trilogia "Matrix".
Em face da gênese do ciberespaço, Koepsell o apresenta como sendo
"o conjunto de transações de informação e comutadores que ocorrem dentro e entre computadores por meio desses comutadores. O e-mail existe e move-se no ciberespaço. Os programas de computador existem e funcionam dentro do ciberespaço. A realidade virtual existe e ocupa o ciberespaço. Transações financeiras ocorrem de forma crescente no ciberespaço." (KOEPSELL, 2004, p.25)
Ainda segundo o autor, os meios de armazenamento não existem no ciberespaço, mas pode-se dizer que o ciberespaço existe nos meios de armazenamento ou em virtude deles. A visão do autor se baseia na existência física do ciberespaço em seus componentes, ou ainda, em sua essência (algorítimos). Ciberespaço é, portanto, o meio e o sistema onde se propagam as mensagens e teve sua evolução concomitante a dos computadores.
Por outro lado, Pierre Levy preconiza que, "está destinada ao fracasso toda e qualquer análise da informatização que esteja fundada sobre uma pretensa essência dos computadores,