Página:Aventuras de Diofanes.djvu/334

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a morte; mas tomei alento as armas, que por desagravo de Diófanes banhei no indígno sangue dos Coríntios. Encontrei Hemirena, salvando-me de um naufrágio; e ocultando a formosura aos cultos do rendimento, me deu vida, sem saber que eu lhe havia consagrado. Tiramos Climinéia das mãos da morte, mas sem que nos conhecêssemos; porque como é o amor aquele doce tormento da alma, que no desejo consiste, não dispensava nas cautelas o disfarce. Encontramos também Diófanes nas vizinhanças de Tebas, e chegamos a ver quanto interessam os Soberanos em que os amem os vassalos, e que estes nem com lágrimas contínuas acabam de chorar a falta de um Príncipe, que com amor, justiça os governa, pois admirei o imenso prazer dos Tebanos: vi a inexplicável alegria deste povo, e a razão, com que na minha ausência se lamentava enfraquecido.

“As vossas letras me enternecem, e me enternecem, e me admiram vossas resoluções, que sendo filhas legítimas de um espírito puro, também é preciso atender a que, se é grande a glória de adquirir, não é menor a virtude de conservar; e como é precioso que eu vos aconselhe, tendo atenção ao respeito, que me confessam os que vos obedecem, e às doutrinas, que me destes, devo primeiro lembrar-vos que as Estrelas