Havia entre eles um francês que, ao sentir-se entanguir, deu de correr ao longo da praia, afim de esquentar o corpo. Correu, correu por longo tempo. Subito avistou ao longe umas casas. Dirigindo-se para lá teve a sorte de ver que por acaso déra num estabelecimento português, chamado Itanhaen, a varias milhas de S. Vicente.
Contou aos moradores a desgraça que os acolhera e o frio e a fome que na praia deserta estavam padecendo os seus companheiros.
Os de Itanhaen imediatamente foram ter com os naufragos e os trouxeram para suas casas, onde lhes forneceram roupas e alimentos.
Nessa aldeia permaneceram uns dias, ganhando alento e refazendo as forças; depois seguiram para S. Vicente, onde foi possivel ao capitão espanhol fretar o novo barco que os levou ao Rio da Prata.