E Oliveiros partiu
Do meio daquelle auditorio
Carlos Magno ao oratorio
Chorando se dirigiu
Se ajoelhando pediu
A imagem de Jesus
Pelos martyrios da Cruz
Olhasse seus cavalleiros
E que guiasse Oliveiros
Com sua divina luz.
Dizendo elle foi luctar
Com o guerreiro mais forte
Noticiando sua morte
Ja me parece chegar
Se vós o não ajudar
Não tornarei vel-o mais
Muitas feridas mortaes
Se vós não o acudir
Elle tem que succumbir
Nas armas de Ferrabraz.
Antes delle terminar
A oração que fazia
Ja uma vóz lhe dizia
Que podia descançar
Que havia de voltar
O seu cavalleiro em paz
E não se afligisse mais
Cresse na Virgem Maria
Que Oliveiros havia
Morto ou preso Ferrabraz.
O turco chegou cançado
Deitou-se p’ra discançar
Viu Oliveiros chegar
Ficou mesmo alli deitado
Não se mostrou agitado
Olhou para Oliveiros
Pensou não ser dos guerreiros
Dos 12 pares de França
Perdeu a ultima esperança,
De ver um dos cavalleiros.
Oliveiros o saudou
E elle ficou callado
E Oliveiros bem maçado
Da acção do turco ficou
Ferrabraz nem o olhou
Tanto caso delle fez
Oliveiros éra francez
Guerreiro de educação
Juntou as redias na mão
Fallou-lhe a segunda vez.
Página:Batalha de Oliveiros com Ferrabraz.pdf/8
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