Página:Brasileiras celebres (1862).djvu/206

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que os implacáveis juízes de seu pai lhe cuspiram na face em nome da lei! Finou-se de pudor como o lírio manchado por impura mão!

Dona Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira viveu como seu marido com a poesia nos lábios e a dor no coração. Acabaram, ele minado pela nostalgia e ela pela saudade.

Viam-na às vezes com os cabelos soltos, esparsos, desgrenhados; com os vestidos dilacerados, e rotos; com o olhar brilhante mas espavorido, e falava eloqüentemente; a sua razão em delírio exaltava-se; ouviam-na então pronunciar com animação os nomes queridos de seu esposo e de sua adorada filha, e depois derramar torrente de lágrimas...

E assim morreu!