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Página:Brasileiras celebres (1862).djvu/208

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“Há de ter também metade da fazenda da Paraupeba, de cujo valor haverá noticia na ouvidoria de Vila Rica, em cujo distrito é situada.

“São, porém, tantas as dividas deste casal, que duvida bem que se reduzido ele a dinheiro, ainda pela melhor estimação, baste para pagamento daquelas em que não há dívidas. S. João d'el-Rei, 2 de março de 1791.” —

Luís Antônio Branco Bernardes de Carvalho. No verso da mesma folha se declara o seguinte:

“A fazenda da Paraupeba indicada nesta informação, ainda que pareça ter sido comprada para Inácio José de Alvarenga Peixoto, contudo ela se acha rematada em nome de seu sogro José da Silveira e Sousa, que pela mesma está responsável à real fazenda.”

No traslado do seqüestro nº 10 consta que dona Barbara Heliodora apresentara as jóias que lhe foram dadas por seu pai, mas vê-se pela sua descrição que não constituíram mimo de notável riqueza.

No entanto os biógrafos de Inácio José de Alvarenga dizem que ele tivera por dote ricas fazenda e lavras.

4 Em 2 de março de 1791 José Eleutério tinha quatro anos de idade; João Damasceno (que depois se chamou João Evangelista de Alvarenga) três, Tristão dois, Maria Ifigênia doze. Estado das famílias dos réus, já citado.

5 José Joaquim de Oliveira, homem solteiro de 32 anos de idade, natural da vila de Aldeia-galega (a pátria dos celebres paios que tanto deu que fazer à diplomacia) e que vivia de sua agência, depôs em 25 de junho e 1 de agosto de 1789 nas duas devassas do Rio de Janeiro e Minas Gerais que ouvira contar que dona Bárbara Heliodora dizia que sua filha devia ser tratada como princesa do Brasil, e era tão soberba que ajuntava que se o país viesse a ser governado por nacionais sem sujeição a Europa, só a sua filha, pela sua antiguidade e nobreza, pertencia o governo, por ser de uma das mais antigas e primeiras famílias paulistanas. A testemunha juntou que não dera peso a nada disto, mas que depois das prisões dos conjurados viu todo o alcance dessas expressões. Devassa do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, fl. 69 v. em ambas.

6 Alude aqui sem dúvida àquele bilhete escrito num quarto de papel almaço pelo vigário Carlos Correia de Toledo na casa do