Página:Brasileiras celebres (1862).djvu/227

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grinaldas entrançadas das folhas verdes e floridas do cafezeiro, e abraçando-a pediram-lhe que transmitisse esse abraço de gratidão aos bravos do exército pacificador.

Assim as tropas do general Madeira se retiraram, levando as espadas nodoadas do sangue de mártir Joana Angélica, enquanto que as tropas do exército pacificador entravam na capital, coroadas com as grinaldas tecidas pelas mãos das religiosas baianas.

Pacificada a Bahia, embarcou-se Dona Maria de Medeiros e veio trazer a Dom Pedro I a nova da feliz restauração. O imperador, que amava os bravos, que se entusiasmava com a glória das armas, tomando uma insígnia de cavaleiro da sua Imperial Ordem do Cruzeiro, colocou-lhe no peito com a própria mão, dirigindo-lhe estas simples, mas sinceras palavras, que tanto a sensibilizaram: “Concedo-vos a permissão de usar esta insígnia como um distintivo, que assinale os serviços militares, que com denodo raro entre as mais do vosso sexo prestastes à causa da independência do império na porfiosa restauração da Bahia.”3

Dela faz Wanden honrosa menção na sua História do Império do Brasil.

A ilustre inglesa Maria Graham, que viajou pelo nosso país, e escreveu e publicou em Londres o jornal de sua viagem, ornou a sua obra com o retrato de Dona Maria de Medeiros, deu algumas notícias biográficas, e teceu-lhe o seguinte e modesto elogio: “Dona Maria não é