Cem anos depois aparecia de novo na nossa história o nome das nobres paulistanas. Entusiasmadas com a independência brasileira, mostraram-se também interessadas pela causa sagrada da pátria. Uma deputação especial de senhoras paulistanas felicitou a augusta imperatriz Leopoldina, pela sua gloriosa aclamação, e nas seguintes palavras, cheias de sinceridade, inspiradas pelo amor da pátria e não eivadas de lisonja, lhe ergueram monumento de gratidão, que, como confessa o visconde de Cairu, honra o belo sexo da província de S. Paulo:
“Senhora! Se o amor da pátria, se a gratidão são as primeiras virtudes das grandes almas; se a natureza, formando o coração do homem, plantou nele esses germes preciosos, que se desenvolvem e se elevam à vista dos objetos dignos dele; se estes não foram atributos do sexo varonil, não é para admirar que as paulistanas, em cujos peitos se agasalharam sempre virtudes heróicas, dando desafogo aos sentimentos mais caros de seus corações, se animem a aparecer junto ao trono imperial a beijar a egrégia e liberal mão de vossa majestade imperial, e render-lhe os mais justos protestos de submissão, respeito e eterna gratidão, e dar na augusta presença de Vossa Majestade Imperial sinceros parabéns ao Brasil e à cara pátria, que fazer da justiça aos elevados merecimentos de Vossa Majestades Imperiais, a quem tanto deve, os aclamou seus primeiros imperadores.
“Se nossas vozes não tiveram a ventura de chegar imediatamente aos pés do Trono: