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CAPITULOS DE HISTORIA COLONIAL
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Os capuchos de S. Antonio administravam as de Caviana na ilha do mesmo nome, Menino Jesus, Socacas ou Joannes, S. José, Anaiatuba, Bocas, Urubucuara, Acarapi e Parú.

Os capuchos da Conceição ou de S. Boaventura administravam Mangabiras, Caiá, Conceição, Iari, Tuari, Uramucú.

Os capuchos de S. José ou da Piedade administravam Gurupã, Arapijó, Caviana, Maturú, Jamundá, Pauxis, Curuá, Manema, Surubiú e Gurupatuba.

Os carmelitas administravam no Solimões Coari, Teffé, Maneruá, Paraguari, Turucuatuba, S. Paulo, e S. Pedro, e no rio Negro Jahú, Caragahi, Comarú, Aracari, Mariuá, S. Caetano, Cabuquena, Bararuá, Dari.

Pela somma de Diniz Pinheiro são sessenta e tres as aldeias, dezenove regidas por jesuitas, doze por capuchos de Santo Antonio, seis por capuchos da Conceição, nove por capuchos da Piedade, dezesete por carmelitas, e uma pelos mercenarios no rio Urubú.

Os nomes dados a aldeias quando se retirou a administração temporal dos missionarios encontram-se mais ou menos no ensaio chorographico de Baena. Precisa-se, porém, de uma revisão critica, a que felizmente está procedendo Manuel Barata, grande conhecedor da historia amazonica. Um documento proprio a resolver todas as duvidas seria o Mappa geral do bispado do Pará repartido nas suas freguezias, existente na Bibliotheca Nacional, construido pelo engenheiro Henrique Antonio Galuzi em 1759, si ao lado das modernas trouxesse as designações antigas.

A C. R. de 19 de Março de 1693 confiou aos jesuitas os Indios da margem meridional do Amazonas, sem limitações do sertão: aos frades de Santo Antonio, o sertão do cabo do Norte, e a margem septentrional do grande rio compreendendo os rios Jari, Parú e a aldeia de Urubucuara, fundada pela Companhia de Jesus; aos da Piedade o districto do Gurupá com as aldeias vizinhas, as da margem septentrional do Amazonas desde o rio Trombetas até o rio Negro, e tambem o rio Xingú.

No Maranhão e capitanias dependentes existiam, segundo Diniz Pinheiro, dezesete aldeias: Aruás e Paracatis, no Piauhi; duas de Araiós e Arapeús, junto ao Parnahiba; mais uma de Taramambés, uma de Gamellas, outra de Tapijaras, chamada S. José, no Maranhão; S. João, Maracú e Pinaré, administradas por jesuitas, uma administrada por carmelitas e outra por mercenarios, na capitania de Cumá.

Um msc. do Instituto Historico, Evora, 8, redigido cerca de 1751, dá como aldeiados no Itapicurú os Gueguês, Barbados, Caicaises, Aranhé e Tupinambá; no Pindaré os Guaiajaras Marava e Guaiajaras-açú.

A carta de Gonçalo Pereira Lobato e Sousa, governador do Maranhão, escripta a Diogo de Mendonça Corte-real em 21 de Fevereiro de 1759, trata da creação de diversas villas. Ha copia deste documento no Instituto Historico.

As aldeias existentes e mPernambuco, desde as divisas com Minas Geraes pelo interior até as fronteiras do Piauhi na marinha, constam da Informação geral de Pernambuco, organizada em 1746, msc. que a Bibliotheca Nacional tem no prelo.

Na capitania de Pernambuco existiam cincoenta e quatro aldeias, dezesete de lingua geral, seis misturadas, as outras de lin-