de ser feito pelos seus rendeiros da Irlanda, partisse dos seus rendeiros da Inglaterra, Sua Graça apressar-se-hia a satisfazel-o rasgadamente. É porque a Irlanda é um paiz conquistado, e, quando o proletario se queixa, a policia fila-o pela gola: mas, em Inglaterra, quando o operario inglez ergue a sua voz de leão, a policia fica immovel, os Duques empallidecem, e o edificio monarchico e feudal treme nas suas bases.
Mas, a proposito de Sua Graça o Duque de Leicester (gozemos o mais tempo possivel esta illustre companhia: quand on prend du Duc on n’en saurait trop prendre) deixem-me dizer-lhes em resumo quaes são as relações agrarias entre um proprietario, um land-lord, e os seus rendeiros.
O sólo, é claro, pertence ao lord. Por que titulo não sei; talvez uma de suas avós, n’uma noite que estava mais decotada, attrahisse o inconstante olhar do amavel Carlos II, nos saráus galantes da Restauração: d’esse olhar provém, acaso, esta bella propriedade. O alegre Stuart era tão generoso! tinha-se vivido tão pobremente, tão tristemente sob a dictadura puritana do Cromwell!... Depois, se Carlos II tinha pouco dinheiro, (o desgraçado recebia uma