talvez por isso mesmo — Benjamin Disraeli era reconhecido n’esse tempo como um dos chefes do movimento da Joven Inglaterra.
A Joven Inglaterra consistia n’um grupo de rapazes, ardentes e aristocratas, que se tinham embebido da Revolução atravéz da litteratura; fallavam muito da Humanidade e queriam sobretudo um burgo pôdre que os nomeasse deputados; cultivavam pelos salões o amor platonico, quereriam vêr o povo feliz comtanto que estivessem elles no poder para promover essas felicidades, e (traço decisivo das suas maneiras e da sua pose) quando se escreviam uns aos outros tratavam-se por my darling — meu amor!
Tinham ainda outros distintivos: usavam o cabello á nazarena, mostravam a coragem (enorme n’esse tempo) de admirar o odiado Byron, e procuravam elevar e aperfeiçoar a arte da cozinha em Inglaterra!
No emtanto, Benjamin Disraeli já estava bem decidido a sacudir o seu radicalismo — quando fosse necessario aos interesses da sua careira. E essa carreira via-a elle então, apesar de desconhecido e pobre, tão claramente triumphante no futuro como se a tivesse deante dos seus olhos escripta, parte por parte, n’um programma.
Em pleno reinado dos tories, é caracteristica já a sua resposta a Lord Melbourne, primeiro-ministro