começando por Lady Blenington, já lhe chamavam sempre Vivian, querido Vivian. O conde d’Orsay fizera-lhe o retrato a sepia — honra que elle dava raramente, e a mais appetecida n’esse curioso mundo.
Todos estes triumphos de Disraeli Junior não deixavam de surprehender Disraeli Senior. Um dia, dizendo-lhe alguem que seu filho estava compondo um romance, em que entravam duques, e toda a sorte de grandes, o velho e laborioso litterato exclamou: — Duques, senhores! Mas meu filho nunca viu um sequer!
Viu muitos depois, viu-os todos — e governou-os com uma vara de ferro. Mas n’esse tempo o bello Disraeli Junior era ainda radical, ou tomára ao menos essa attitude. Meditava mesmo a sua Epopêa da Revolução, a sua unica obra em verso, uma vaga rhapsodia que eu nunca li, mas de que os criticos mais benevolos fallam como d’um volume de duzentas paginas, sem uma só linha toleravel. E, cousa curiosa, este homem tão fino, tão sceptico, tão experiente, nunca perdeu a candura quasi comica de se considerar um grande poeta como Virgilio ou como Dante, e a esperança phantastica de que as gerações futuras poriam a Epopêa da Revolução ao par da Eneida, ou da Divina Comedia.
Apesar de poeta abominavel e de perfeito dandy — ou