IX
Os inglezes no Egypto
I
O que resta d’Alexandria. — A estreia d’Arabi Paxá. — Algemas ao café.
Até ha cinco ou seis semanas Alexandria podia ser descripta no estylo convidativo dos Guias de viajantes como uma rica cidade de 250.000 habitantes, entre europeus e arabes, animada, especuladora, prospera, tornando-se rapidamente uma Marselha do Oriente. Nenhum Guia, porém, por mais servilmente lisonjeiro, poderia chamar-lhe interessante.
Apesar dos seus dois mil annos de edade, de ter sido, depois de Athenas e Roma, o maior centro de luxo, de lettras e de commercio que floresceu no Mediterraneo, a velha cidade dos Ptolomeus não possuia hoje nenhum monumento do seu passado, a não contarmos, ao lado d’um velho cemiterio mussulmano, uma coluna erigida outr’ora por um prefeito romano em honra de Diocleciano, conhecida