Mas a Inglaterra, generosa e paternal, queria esquecer essas injurias. Pudera!
É que não lhe convinha reconhecer as atrocidades do dia 11 como um mero e casual episodio de fanatismo mussulmano, a que algumas grilhetas e algumas cordas de forca poriam definitivamente termo; nem lhe convinha descer dos seus couraçados unicamente para ir a um tribunal ajudar a sentenciar dez ou doze facinoras.
O que á Inglaterra convinha, era attribuir a este conflicto local a magnitude de uma anarchia nacional, e offerecer ou impor o seu prestimo — não para castigar os tumultos de um bairro, mas para pacificar todo um paiz em desordem. E assim ella rejubilava com a chegada d’esse dia tão appetecido, tão pacientemente esperado desde o começo do seculo, tão anciosamente espiado desde a abertura do canal de Suez, em que teria emfim um pretexto para assentar na terra do Egypto o seu pé de ferro, essa enorme pata anglo-saxonia, que, uma vez pousada sobre territorio alheio, seja um rochedo como Gibraltar, uma ponta de areia como Aden, uma ilha como Malta, ou todo um mundo como a India — nenhuma força humana póde jámais arredar ou mover.
Já se não tratava de libertar o Khediva coacto, de defender as algibeiras dos portadores do emprestimo egypcio. Um interessse mais alto, ligado