occupada por estudos e artigos sobre a Irlanda. Multiplique-se isto pelas tres ou quatro mil gazetas que a pobre Inglaterra nutre sobre a sua epiderme: juntem-se-lhe os artigos dos Semanarios, dos Quinzenarios, das Revistas e dos Magazines, os pamphletos, as brochuras, os ensaios inumeraveis como as estrellas do céo, os livros e tratados de toda a sorte, os discursos do parlamento, as arengas dos meetings, as conferencias, os sermões, as controversias publicas, as lições, emfim, toda essa colossal litteratura que nestes ultimos mezes tem tomado por assumpto a Irlanda.
E digam-me se, com todo este mundo de informação, de discussão, de theorias, de projectos, de systemas, de opiniões, de imaginações, — não é natural que o cerebro da Inglaterra esteja, n’esta questão da Irlanda, perfeitamente desorganisado. O meu está. Mas n’este cahos mental tenho illustres companheiros: o grande Carlyle costumava dizer que a sinceridade e a elevação de alguns patriotas irlandezes era a unica coisa nitida e clara que elle conseguia distinguir no escuro tumulto da confusão irlandeza...
Ha tambem outra coisa que se percebe bem: é que a população trabalhadora da Irlanda morre de fome, e que a classe proprietaria, os land-lords indignam-se e reclamam o auxilio da policia ingleza