- Malhereuse. I'm malhereuse.
Ela falava todas as línguas da Europa numa ingênua e horrível confusão. O barão limpou o monóculo, pegou-lhe no braço, paternal e filosófico.
- Estranha criatura, continuas a te perfumar de sândalo? Ainda és o sonho enervante do Oriente, o fluido das florestas bizarras?... Deixa lá... Acalma-te. Não te compreendem, pequeno ídolo amado. É como se esses homens pudessem diferenciar o sabor de um licor quando bebido num maravilhoso vaso trabalhado pelos bárbaros, do mesmo licor tragado em qualquer copo. Eles são homens. E tu - tu és a princesa dos sândalos.
E ficamos ali vendo a criaturinha a chorar, enquanto lá fora nos ruídos da música, no bruhaha da multidão, subia mais forte a onda daluxúria.