Nos paroxismos, quando a abortada revolução já não tinha glorias, mas só perigos para os seus adeptos, foi na chacara do Senador Alencar que os perseguidos acharam asylo; em 1842 como em 1848.
Entre os nossos hospedes da primeira revolução, estava o meu excellente amigo Joaquim Sombra, que tomara parte no movimento sedicioso do Exú e sertões de Pernambuco.
Contava elle então os seus vinte e poucos annos: estava na flor da mocidade, cheio de illusões e enthusiasmos. Meus versos arrebentados á força de os esticar, agradavam-lhe ainda assim, porque no fim de contas eram um arremedo de poesia; e por ventura levavam um perfume da primavera d'alma.
Vendo-me elle essa mania de rabiscar, certo dia propoz-me que aproveitasse para uma novella o interessante episodio da sedição, do qual era elle o protogonista.
A idea foi acceita com fervor; e tratamos logo de a por em obra.
A scena era em Pajihú de Flores, nome que só por si enchia-me o espirito da fragrancia dos campos nativos, sem fallar dos encantos com que os descrevia o meu amigo.
Esse primeiro rascunho foi-se com os folguedos