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Página:Como e porque sou romancista.djvu/29

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Algum tempo depois de chegado, installou-se a nossa republica ou communhão academica á rua de S. Bento, esquina da rua da Quitanda, em um sobradinho acachapado, cujas lojas do fundo eram occupadas por quitandeiras.

Nossos companheiros foram dois estudantes do quinto anno; um delles já não é deste mundo; o outro pertence á alta magistratura, de que é ornamento. Naquelles bons tempos da mocidade, deleitava-o a litteratura, e era enthusiasta do Dr. Joaquim Manoel de Macedo que pouco havia publicara o seu primeiro e gentil romance — A Moreninha.

Ainda me recordo das palestras em que o meu companheiro de casa fallava com abundancias de coração em seu amigo e nas festas campestres do romantico Itaborahy, das quaes o jovem escriptor era o idolo querido.

Nenhum dos ouvintes bebia esses pormenores com tamanha avidez como eu, para quem eram elles completamente novos. Com a timidez e o acanhamento de meus treze annos, não me animava á intervir na palestra; escutava á parte; e por isso ainda hoje tenho-as gravadas em minhas reminiscencias, á estas scenas do viver escholastico.

Que extranho sentir não despertava em meu coração adolescente a noticia dessas homenagens