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Destacamos, porém, da primeira parte, por nos ter melhor impressionado, a fantasia intitulada O cemiterio da floresta, em que o auctor faz bonitas considerações sobre a hypocrisia das grandes cidades dos mortos e sobre a poesia de uma sepultura entregue á guarda das mattas virgens e ao eterno choro das aguas que deslisam mansamente junto á orla da floresta.

Da segunda parte, onde apparece, com as Yaras paraenses, uma ponta de bom humor, pedimos permissão para salientar ainda dois trabalhos: Mater dolorosa e A filha do Pagê, conto indigena com que o auctor fecha o seu livro.

Entre as Nymphéas, embora impresso em Buenos-Aires — o trabalho typographico é admiravel — não está á venda n’aquella capital.

Os jornaes platinos têm tecido muito merecidos elogios ao nosso compatriota, com a apreciação do seu livro. La Patria Italiana, principalmente, diz ter-lhe causado a mais agradavel das impressões a leitura dos contos de Marques de Carvalho, affirmando que Entre as Nymphéas vem augmentar os louros colhidos pela actual geração litteraria do Brazil.

Felicitamos cordialmente o nosso compatriota e collega, cujo talento de escriptor já se tem manifestado nas suas diversas faces com a publicação de tres opusculos e de tres outros volumes: Hortencia, O livro de Judith e Contos Paraenses — todos