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Antonio, seu namorado de infancia, que a fosse pedir em casamento no dia de Natal. Tinha fé na data, que havia de angariar-lhe maior mésse de venturas; e ainda em obediencia á inclinação religiosa, abalou campos a fóra, até á residencia do clerigo, a quem confiou a tarefa de formular perante seus progenitores o pedido sacramental em nome do rapaz.

Ao tremulo pastor d’almas agradou aquella incumbencia intencional, como lisongeira homenagem á sua dupla auctoridade de confessor e velho amigo da familia.

Que fosse com Deus e ficasse certa de que, no dia de Natal, pela tarde, lá estaria a representar o maganão.

Á porta da casa principal da fazenda, á beira-rio, em Marajó. Tarde assoalhada pomposamente,