ROGERIO BRITO
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Só se dignando de cumprimental-os
Desdenhoso e fleugmatico!
No emtanto, nessa madrugada frigida,
Na rua do Ouvidor estava tudo
Triste, deserto, solitario, mudo,
Como velha necropole.
Mas Regerio lá vae, pobre lunatico!
Ora os passos minuindo, ora apressando,
Parando aqui e ali cumprimentando
Vultos imaginarios!
Só dos seus pés o ruido echôa estridulo,
Sem que outro som nos echos se desate,
Sonoro, o salto do sapato bate
Na cantaria lubrica.
Afinal, os agentes da ordem publica,
Vendo-o cumprimentar casas fechadas,
Difficilmente, á força de pranchadas,
Levaram-no, prenderam-no.
III
Ha tres annos Rogerio está no Hospicio.
E’ socegado; escreve o dia inteiro.
Quando lhe dão papel, penna e tinteiro,
Não ha doido mais commodo.