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Página:Contos em verso.djvu/162

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CONTOS BRASILEIROS


Dês que lhe morrera o noivo
Naquella casa encerrou-se,
Mais doce que a pomba doce,
Mais triste que o triste goivo.

Dir-se-ia ter olvidado
De que era, ou havia sido,
Defunta sem ter morrido,
Viuva sem ter casado.

IV

Em bella manhã de Maio
(Curiosidade funesta!)
Sobe a freira á larga fresta
Praticada pelo raío,

E vê, lá fóra, enlaçados
(Par em verdade formoso!),
Um cavalheiro amoroso
E a dona dos seus cuidados.

Soror Martha os olhos tapa;
Abre-os de novo; examina...
Treme, chora, desatina...
Um grito d’alma lhe escapa!

A triste reconhecera
No fidalgo, que passára,