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CONTOS MARANHENSES
Uma moça e uma velha entram no carro,
E eu, por ser cavalheiro,
Renuncio a fumar o meu cigarro inteiro,
E deito fóra a ponta do cigarro.
A moça não é feia nem bonita.
Modesta no trajar, traz um vestido
De ramalhuda chita,
E um chapéo já muitissimo batido.
A velha é magra, é alta,
E parece que chora quando ri.
Os dentes lhe fizeram muita falta...
Uma velha mais feia nunca vi!
Aquella hedionda cara
Muito pè de cabello e muita ruga
Me depara,
Sem falar na verruga,
Coisa rara,
Que não sara,
No nariz,
De pingos de tabaco chafariz.
Pente descommunal, de tartaruga,
Lhe adorna a cabelleira, que tresanda
Ao tal sebo de Hollanda.
Emquanto a velha enxuga
O pingo eternamente pendurado,
A moça o verbo namorar conjuga