Vieram visinhos, medicos, urbanos...!
Encheu a casa estranho borborinho!
O moleque infeliz foi posto em panmos
De agua e sal por benevolo visinho.
A minha namorada, semi-nua,
Rolava aos uivos pelo chão da sala;
A entremettida commissão da rua
Não tinha forças para segural-a!
O velho, irado, pallido, fremente,
Expectorava a maldição paterna,
Emquanto a filha, inconscientemente,
Mostrava a todos uma e outra perna!
Quando soube de caso tão nefasto,
Tive um abalo que exprimir não posso!
O meu affecto era um affecto casto...
Notem que digo «o meu», não digo «o nosso».
Ella, os meus sonhos, ella, o meu fadario,
Para o resgate da paterna bençam
Outro noivo aceitou. Do commentario
Dispensam-me os leitores, — não dispensam?
Demais a mais a coisa é corriqueira,
Pois muitas vezes apparece ao anno
O typo da donzella brasileira
Que ama Fulano e casa com Beltrano...