em seu favor. Se ao menos não fallasse no nome de Estevão, este poderia desculpar a vaidadezinha do escriptor. Mas o nome alli estava como complice da obra.
Pondo de lado o Jornal do Commercio, Estevão lembrou-se de protestar, e ia já escrever um artigo quando recebeu uma cartinha de Oliveira.
Dizia a carta:
« Meu Estevão. — Lembrou-se um amigo meu
de escrever alguma cousa a proposito da minha
peça. Expliquei-lhe como se dera a leitura em tua
casa, e disse-lhe como é que, apezar do vivo desejo
que tinhas de ouvir lêl-a, interrompeste-me para
ir cuidar de um doente. Apezar de tudo isto, o
meu referido amigo contou hoje no Jornal do Commercio
a historia alterando um pouco a verdade.
Desculpa-o; é a linguagem da amizade e
da benevolencia.
« Hontem entrei para casa tão orgulhoso com o teu abraço que escrevi uma ode, e assim manifestou-se em mim a veia lyrica, depois da comica e da tragica. Ahi te mando o rascunho; se não prestar, rasga-a. »
A carta tinha, por engano, a data da vespera.