Página:Contos fluminenses.djvu/325

Wikisource, a biblioteca livre

almoço estava preparado. Tito ia entrando quando assomou á porta a figura de Azevedo.

— Ora, graças a Deos! O meu amigo não se levanta com o sol. Estás com olhos de quem acaba de dormir.

— É verdade, e vou almoçar.

Dirigirão-se os dous para dentro, onde a mesa estava posta á espera de Tito.

— Almoças outra vez? perguntou Tito.

— Não.

— Pois então vais ver como se come.

Tito sentou-se á mesa; Azevedo estirou-se n’um sofá.

— Onde foste? perguntou Tito.

— Fui passear... Comprehendi que é preciso ver e admirar o que é indifferente, para apreciar e ver melhor aquillo que faz a felicidade intima do coração.

— Ah! sim? Bem vês que até a felicidade por igual fatiga! A final sempre a razão do meu lado,

— Talvez. Apezar de tudo, quer-me parecer que já intentas entrar na familia dos casados.

— Eu?

— Tu, sim.

— Porque?

— Mas, dize, é ou não verdade?

— Qual, verdade!