A filha. — Oh! mamã quebrou-se-me a agulha.
A mãe. — Vou-te dar outra.
A filha. — Como se fazem as agulhas, mamã?
A mãe. — Vê se adivinhas.
A filha. — Nã sei, mamã.
A mãe. — Conheces os metaes?
A filha. — Conheço mamã; tenho lá dentro muitos bocadinhos dentro de uma caixa.
A mãe. — Ora muito bem, dize-me lá, as agulhas são de pau, de pedra, de marmore?
A filha. — Oh! não; são de metal; mas de que metal?
A mãe. — Antes de perguntar qualquer coisa, vê sempre se a adivinhas primeiro.
A filha. — Ora espere!... uma agulha é de metal: não é de prata, porque não é branca; não é de oiro, porque não é de um lindo amarello muito brilhante; não é de cobre, porque não é de um amarello muito feio, que cheira mal... Então é de ferro, mamã?
A mãe. — Adivinhaste.
A filha. — Mas, mamã, o ferro não é liso e brilhante como as agulhas.