Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/212

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feria poderofo cm terras, e Senhor dos co | marcáos, fein alguém o poder anojar, porque a mefma caía, e o poder delRey que nella eftaria o defenderiam. E dado que Bayo Rey de Sáma, e outros Príncipes feus vizinhos houveíTe por grande honra fer efta fortaleza feita em fuás terras, e ainda por iiTo faziam hum grande ferviço a EIRey, elle houve por bem fer eíla obra feita ante em fua terra, que pelo amor, e amizade, que elle Caramança tratava as coufas de feu ferviço.

CAPITULO 11.

Do que refpondeo o Príncipe Caraman ça ás palavras de Diogo d"" Azambuja: e do confentimento que deo a fe fazer a fortaleza, com a qual jicou a troco do Comiuercio ajfcntado em paz té hoje.

CAramança peró que foífe homem bárbaro, aíii per fua natureza, como pela communicaçáo que tinha com a gente dos navios, que vinham ao refgate, era de bom entendimento, e tinha ojuizo claro pêra receber qualquer coufa, que eíliveífe em boa razão. E como quem defejava entender as coufas que lho eram propoílas, nao fomente efteve prompto a ouvir quanto lhas a língua refumia mas ainda efguardava todalas

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