Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/213

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continências que Diogo d′ Azambuja fazia; c em todo o tcinpo que iílo paílou, aíli elle, como os íeus eílivcram em hum perpétuo fílcncio, fem haver quem fomente eícaiTaífc; tão obedientes, e eníinados os traziii. E como homem, que queria recorrer pela memoria o que ouvira, e coníiderar o que havia de refponder, acabada a falia, pregou os olhos no chão per hum pequeno cfpaço, e de íi diíTe: Que elle tinha em mercê a ElRey feu Senhor a vontade que lhe Tdofiraua, ajjl na falvaçao de fua aima, como em as outras coufas de fua honra; e que certo elle lho merecia em o bom defpacho dos feus navios, que áquelle porto viííham refgatar, fendo mui her,i tratados com toda a fé e verdade em feus commercios, e refgates, em o qual tempo nunca em a gente delles vira coifa, de que fe pudefe tanto efpantar, coyno daquella fua vinda j porque em os navios pa fados via homens rotos, e mal roupados, os quaes fe contentavam com qualquer coufa que lhes davam a troco de fuás mercadorias, e efe era o fira de fua vinda dquellas partes, e todo feu requerimento era que os defpachaf fem logo como quem fazia r.iais fundamento da fua pátria, que da habitação das terras alheias; mias nelle Capitão via ou-tra coufa que era muita gente e muito L ii mais