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Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/215

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naqiielle recife de pedras, que alli ejiava,′ o qual mar pela •vizinhança que tinha com elle, e lhe empedir eftender-fe -pela terra d fua vontade, quebrava tão fortemente no vizinho, que de bravo, e foberbo levantava fuás ondas té o Ceo, e com ejla fúria fazia dous damnos, hum a Ji mefmo aça7ihando-fe, e outro ao viziiího em o ferir. Que ijlo não dizia por fe efcufar de obedecer aos mandados delRey de Portugal mas por aconfelhar ao bem. da paz, e d muita prefiança, que elle defejava ter com todolos naturaes do feu Reyno, que dquelle porto viejfem: e também porque havendo efta paz entre ambos, tod.o aquelle feu povo co7n mais amor folgaria de ouvir as coufas do feu Deos, que lhe elle vinha dar a conhecer \ por ijfo em quanto o tempo moftrava a experiência deftes inconvenientes, lhe pedia que os evitajfera, leixando correr o refgate 710 modo em que efiava, A eílas palavras, e dúvidas, que pareciam impedir fazcr-fe a fortaleza, refpondeo Diogo d′Azambuja: Que a caufa delRey feu Senhor o enviar cor/i tao grande a pp a rato dquella terra, fora defejar paz, e mais eflreita amizade com elle, do que té então ii- verar/i e como penhor defte defejo queria alli fazer cafa, em que fe puzeffe fua fazenda em a qual obra Sua Alteza moftra- va