Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/216

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lã a muita confiança que tinha nelle Ca-, ramança, e em Jeus vaffallos, porque niií guem punha fua fazenda em lugar fufpeitofo de enganos: Que quando ahi hcuzejjè algmna coufa que temer, a elle Diogo dAzamhuja, e a toda aquella gc7ite que o acompanhava convinha cfie temor, pois confiavam fuás vidas, e fazendas da terra eftranha, e mais tão alongada do adjuto rio da fua; epofto que o coração do homem, como elle dizia, era per fua natureza linjre, efies erar.i aquelles, que não tinham Rey tão amigo da jufiiça, com.o era ElRey feu Senhor, donde osfeus vaffallos ajfieram obedientes a fcus mandados, que mais teviiam defihedecer-lhe que a mefma morte: Que elle não era filho, nem irmão delRey, como elle cuidava, mas hum dos mais pequenos vãjfallos de feu Reyno \ e tão ohrigado a cumprir o que lhe mand.ava acerca da paz, e concórdia em a obra daquella cafa, que antes perderia a vida, que traf pajjar feu mandado. Da qual palavra os Negros vendo que ElRey fe eípantava de tanta obediência, e que fegundo feu cofruR-ie dava com iiuma mão na outra, elles por final de obedientes deram também outras palmadas, com que romperam a palavra de Diogo d′Azambuja; e ante que mais procedeiTe, acabado o rumor Caramança lhe

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