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Página:Diana de Liz - Memorias duma mulher da epoca.pdf/132

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Diana de Liz: Memorias


 

tada. Decidi, naquele momento, fazê-la soltar um grande grito...

A DONA DA CASA (com ar de aprovação) — Muito bem pensado... (ao militar que lhe fica mais perto) Olhe, Major, porque não chega a cadeira mais para diante! Vem-lhe frio daí, da fenda da porta... (Para o escritor) Então sempre acabou o capitulo com o tal grito?

O ESCRITOR — Sim, minha senhora, com o grito. (Procurando na memoria) Não me lembro bem de cór...

UMA DAS SENHORAS (num vago receio) — E' muito grande?

O ESCRITOR — Não, minha senhora. Nem eu sei dizer senão as ultimas palavras.

UM DOS SUJEITOS VAGOS (venenosamente) — Diga lá, homem; naturalmente não chegamos a ver isso impresso...

O ESCRITOR (com dignidade, depois de ter para o sujeito vago um rápido olhar de desdem)... E Leonorela...

A SENHORA PICANTE — Leonor quê?!

A MULHER DO ESCRITOR (que tem estado calada até então) — Leonorela. E' assim mesmo; é o nome da protagonista.

A SENHORA PICANTE - Ah!....

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