e nobre
excepção
— Que pena!
A frase sai-nos insensivelmente dos labios quando os nossos olhos, a alma satisfeita, o espirito feliz e compensado, terminam de percorrer a ultima pagina dêste livro interessantissimo sob todos os aspectos.
Sim, que pena que uma escritora de tão limpido talento e de tão refinado espirito tivesse desaparecido tão cedo da vida, deixando vago um lugar que na literatura feminina contemporanea nos parece inconfundivel.
Em Pedras Falsas, coletânea de novelas e cronicas que Ferreira de Castro carinhosamente arquivou, prestando respeitavel homenagem ao grande amor da sua vida e rendendo culto a uma inteligencia excepcional, servida por um espirito gentilissimo, há, com inteira sinceridade o dizemos, uma clara afirmação de valor, um valor sólido que faz pena, sim, faz pena que tenha desaparecido tão cedo.
As mulheres, diz Diana de Lis numa das suas preciosas cartas, «na sua generalidade, são, quando escrevem, ou frivolas ou apaixonadas e poucas sabem discorrer friamente sobre os casos sérios da vida».
E' uma verdade absoluta, esta, de que Diana de
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