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Página:Diccionario de botanica brasileira.djvu/134

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��CAN

��CAN

��geta pelas capoeiras do Brasil, co- uhecido nas AJagas e em Pernam- buco por este nome.

Cresce mais ou menos at 4 metros.

Seus caies se multiplicam da base da planta, formando touceiras.

A casca fina, lisa e desprende-se naturalmente em laminas. E' de cr de canella avermelhada.

As folhas so oppostas, ovaes, pe- quenas e lustrosas.

As flores brancas, em cachos, com algum cheiro.

O fructo uma bagaoval, arredondada, de 2 centmetros de dimetro o com fragmentos dos envoltrios floraes no pice, tendo quando maduro a cr roixa avermelhada, e a casca mem- branosa, unida a uma polpa trigueira, aquosa e acre-doce.

Tem um e algumas vezes dois ca- roos no centro, e da mesma cr.

O lenho d'este arbusto tem muita flexibilidade ; porisso os meninos tiram d'elle vergonteas para apanhar pssaros.

Caitelllnlia. V. Casca preciosa.

Caninana le Minas. CMococca densifoUa^ Mart. Fam. das RuMaceas. Planta oriunda de Minas Geraes.

uma trepadeira, de folhas ovaes e flores brancas e aromticas.

Propriedades medicas. A raiz d'esta planta drstica, e diurtica ; empre- gada nas hydropisias e opilaes.

D-se na dose de 1 a 2 grammas do extracto, e de 4 grammas do p.

Sua infuso feita na proporo de 15 a 20 grammas para 225 grammas d'a- gua.

Caniia tle a^^siicar. Saccliarum officinarum^ Liuti. Aruno saccUarifera^ Pison. Fam. das Graninaceas . A Camia de assucar, Saccharum officinarum de Linno, Saccharopharum de Necker, per- tence familia das Graminaceas de Kunt, e a Triandra digynea de Linn.

O seu caule cylindrico e articulado.

As folhas nascem da circumferencia

��dos ns, formando uma bainha, que en- volve ou todo ou parte do merithalo su- perior.

As flores se agrupam em uma florescn- cia composta sobre um caule, a que cha- mamos flexa, da qual procedem gradu- almente outros caules, em roda dos quaes ficam dispostas em paniculas, simulando uma espiga.

O fructo contem uma semente oblonga, envolta pelas valvas, ou invlucros flo- raes.

Da raiz fibrosa se elevam os caules ar- ticulados, guarnecidos de 40 ou 50 ns, mais ou menos approximados, conforme o desenvolvimento da planta.

Folhas abarcantes na sua base, com o comprimento de 1 K metro e largura de de 3 a 6 centmetros, com suas nervu- ras longitudinaes.

Esta planta importante, pois d'ella se extrahe a substancia to conhecida com o nome de assucar, hoje matria de primeira necessidade para quasi todos os povos da terra.

A canna de assucar passa por ser originaria das ndias Orientaes ; pelo menos at agora no se tem provado de modo evidente que esta planta se tenha encontrado ab origene em outros pontos do globo.

Os antigos conheciam o assucar? Esta questo pde ser resolvida facil- mente, consultando-se os auctores gre- gos e latinos, onde se acharo consi- gnados os nomes de Mel de canna, Sal de canna e tambm algumas vezes de Saccliarum .

Mas, pela maneira porque estes auc- tores se exprimem, v-se que conheceram o assucar, no crystalisado nem refi- nado, mas em xarope ou no estado a que entre' ns se d o nome de rapa- dura .

O illustre Humboldt presume que desde mui remota antiguidade, os Chins cultivavam a Canna, e conheciam o modo de purificar o seu sueco, e de crystalisal-o .

Os etymologistas querem que a pa- lavra Saccharum ou assucar venha do termo Sanscrito Scharkara, cousa doce.

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