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��Os persas chamam ao assucar Sckaka, e os ndios Suckur.
Os egypcios, em eras remotas, se- nhores do commercio da ndia, foram substituidos pelos habitantes de Tyro e de Sidon ; mas depois da conquista de Alexandre, e da creao da cidade que tem seu nome (Alexandria), que abrio nova via de commercio pelo mar Vermelho e pelo Nilo, os egypcios e gregos se apoderaram de novo do com- mercio do Oriente.
O Egypto continuou a ser o emprio do commercio do Oriente, durante o imp- rio grego deBysancio, assim como depois que Constantinopla se converteu em ca- pital do Imprio musulmano ; esta a razo porque o mar Vermelho continuou a ser o caminho ordinrio d'esse com- mercio.
Sabe-se que durante muitos sculos, os italianos, principalmentie os venezia- nos fizeram o commercio quasi exclusivo de Alexandria, e ero os monopolistas dos gneros da ndia, consumidos em toda a Europa.
Este estado de cousas durou at a descoberta da passagem pelo Cabo da Boa Esperana.
Esta resenha era necessria para in- dicar o modo porque se fazia o com- mercio do assucar com a Europa, como tambm a maneira pela qual a cul- tura da Canna foi conhecida, e mais tarde transportada para outros lugares. O primeiro nome que teve o assucar foi o de Sal indiano^ entretanto esse nome d uma falsa ida de sua origem porque no era a ndia, propriamente tal, que o produzia n'aquella epocha, mas sim o Arthipelago indico, isto , o que hoje se chama Indo-China.
Foi somente no fim do XIII sculo que a Canna passou para a Arbia.
Os prprios habitantes d'alm Gan- ges no a conheciam, mas sabendo que o assucar se extrahia de uma es- pcie de junco, procuraram extrahil-o de uma espcie de bambu, chamado Mambi^Q denominaram ao sueco d'esse bambu Sacchar-mamb, e mais tarde Taaxir.
��Os rabes deram o nome de Zuccar athes- ser ao sueco concreto de uma nova planta da familia das Apocynaceas^ cujas quali- dades eram anlogas s do Sal indiano.
Avicennes faz meno de trs quali- dades de assucar: o Z%icar arundinenm ou sal indiano; o Zuccar mamb ou assu- car da Prsia ; o Zucar athesser ou assu- car arbico.
Marco Paulo, que em 1250 percorreu a Tartaria, a parte meridional da China e a pennsula do Ganges, menciona o assucar entre os productos de Bengala.
Ormuz era, n'aquella poca emprio do commercio do assucar, e parece ter sido d'essa cidade que partiram as plan- tas de Canna, que em breve tempo se propagaram na Arbia, no Egypto, na Nbia e na Ethiopia.
Em 1497, Vasco da Gama faz meno do grande commercio de assucar e de do- ces, que ento se fazia no reino de Cali- cut.
Pedro Alves Cabral nota a mesma cou- sa em Cambaya em 1500.
Eduardo Barbosa, que escreveu em 1515, diz que em Bathecala, na costa de Co- romandel, se fabricava mnito assucar, branco e bom, mas em p, porque os ha- bitantes o no sabiam reduzir a pes.
Sabe-se com certeza que em 1805 as ci- dades de Danar e de Zibir, na Arbia Fe- liz, faziam considervel commercio de assucar, e que Dangola, cidade impor- tante da Nbia, servia igualmente de emprio a todo o commercio de assu- car do paiz.
N'aquella poca Thebas fabricava muito assucar, assim como Marrocos.
Giovani Lioni diz ter examinado em Darotte, no Egypto, uma immensa fa- brica de assucar, semelhante a um cas- tello, onde haviam prensas, grandes cal- deiras e numeroso pessoal de traba- lhadores.
Nos ltimos annos do XII sculo os cruzados encontraram cannaviaes nas plancies da Phenica, e foram elles os primeiros que introduziram a Canna na Europa, porm o assucar j era desde muito tempo antes ahi usado nas casas dos prncipes, dos ricos.
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