Página:Diccionario de botanica brasileira.djvu/379

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��externo, uma massa amarella, espessa, enchuta e succulenta ; contm no seu centro dois caroos chatos.

O Pecego uma das fructas esti- madas da Europa, aonde a cultivam muito.

No Brasil, j ha algum tempo, tam- bm a cultivam com bom resultado, da Bahia at o Kio de Janeiro.

Os que do em S. Paulo e Rio- Grande dizem ser to bons como os da Europa.

Do-lhe muitos nomes, segundo suas variedades.

Em Portugal, elle tem estas denomi- naes: Molar ^ Miraslho^ Maragoto, ou Rosa^ Calvo, Branco, Gilmeude, Veneziano ; esse ultimo vermelho.

Tambm tm virtudes medicas, tanto suas flores como as folhas que so pur- gativas, e ^tem propriedades antelmin- thicas.

O doce que d'ella se faz tem muita estima no Brasil .

O Pecego Moragoto, ou Rosa., de 12 centmetros pouco mais ou menos, re- dondo acompridado de superfcie lisa e lusidia, de um lado cr de rosa forte, de outro esverdinhado claro ; a carne, dentro, rosada, a massa espessa, aquosa e menos acida, que a do or- dinrio.

Os do Par dizem ser excellentes.

Os fructos seccos so exportados, e os caroos do bastante matria para a fabricao do acido hydrocya- nico.

Peclitarin g:raiie1e, ou Hinii-

lo . T'. Himilo .

Pepiuo. Cticumis sdtivus, Lr/m. Fam. das Cucurbitaceas. E' um frueto originrio das ndias Orientaes, co- nhecido no Brasil por este nome.

E' uma boa hortalia ; usa-se como salada e mesmo cosinhado.

E' proveniente de uma planta her- bcea, que alastra, muito semelhante ao p de melancia, at mesmo quando em flor, porm a fructa diff'ere mui- to; de 12 a 24 centmetros de

��comprimento, oval, oblonga, de cr verde , marchetada, ficando amarel- lada quando madura ; n'este estado no presta.

Dentro, dividido por um tegu- mento, dando insero a muitos gros ellipticos, deprimidos, brancos e pe- quenos, envoltos em uma polpa aquosa e doce.

Cultiva-se com cuidado nas hortas, principalmente em Pernambuco. Sua salada muito boa, mas indigesta. Com o seu sueco prepara-se uma po- mada, que lhe do o nome de pomada de pepino.

Peiiiio do matto. Solamm mHcatum, Linn. Fam. das Solanaceas, Sub-arbusto de caule radicante, sem quasi espinhos.

Folhas oblongas lanceoladas.

D fructos turbinados.

Esses fructos so comestveis.

As folhas pisadas so empregadas na hydrophobia.

Pequi. Caryocar Irasilien&is, St. EU. Far. das Rhizobolaceas. ^' uma ar\ore grande, tortuosa e indgena, que recebe este nome em S. Paulo e Minas Geraes.

Tem as folhas grandes , obovaes, e

Ilobada na sua circumferencia. As flores abundantssimas e rosadas. O frueto oval, carnoso, internamente repartido em seis lojas, cada uma com sua semente.

Pequi lo Pra ou lo Aiiiazo- nas. Pekea, hutyracea., Auhl. Fam. idem. Esta arvore, observada por Au- blet nas Guyannas, vegeta tambm no Amazonas.

Ella offerece grandes dimenses.

As suas folhas dispostas em ternos, com peciolos longos.

As flores em cachos.

D um frueto carnoso que contm uma noz, cuja amndoa branca mui boa para comer-se.

Esse frueto globoso, meio achatado dividido dentro em quatro ou em uma

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