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CAPITULO III

��QUEERA RESTO DO BRAZIL

��Ao tempo da chegada de Dom Joao VI, era o Rio de Ja neiro capital mais no nome do que de facto. A residencia da corte foi que comegou a bem accentuar-lhe a preeminencia, foi que a consagrou como centre politico, intellectual e mun- dano. Nao so a populacao da cidade, a qual, posto escassa, enchia a cunha sua area limitada e quasi transformava em colmeias suas vivendas apertadas, cresceu muito, passando de 50.000 almas, que contava em 1808, a mais de no.OOO, numero attingido em 1817; como formou-se uma classe que d antes nao existia e que e indispensavel n uma sociedade bem organizada sobre a base hodierna, de burguezes ricos, deri- vando seus proventos do commercio estrangeiro, o qual d antes tambem nao existia, e familiarizando-se cada dia mais com as ideas e cousas da Europa.

E muito difficil calcular com exactidao a populagao de uma cidade como o Rio de Janeiro n uma epocha em que na"o existiam estatisticas. E para prova basta observar as grandes variantes dos escriptores coevos. Assim, o official de marinha inglez Sir G. Keith, commandante do brigue de guerra The Protector, tocando no Brazil em 1805, a caminho do

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