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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/130

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PWI JOAO VJ KO BRAZIL

Cabo de Boa Esperanga ( i ) , orgou o numero dos brancos em 37.000, o que nao differe muito do calculo posterior de Spix e Martfus, mas avaliou o dos pretos em 629.000, muitos d elles libertos. Dir-se-hia que perdera a nogao do calculo, ao debater-se naquelLe mar de tinta. Luccock, muito melhor in- formado, da para o tempo depois da chegada da familia real o algarismo de 60.000 habitantes, dos quaes 12.000 escravos, sem contar uma populagao de cerca de 16.000 estrangeiros, populagao fluctuante, pois que esses eram na maioria de arribacao ou sem domicilio enraizado. O Padre Luiz Gon- galves dos Sanctos (2) avalia, para o mesmo numero de 60.000, mais de metade composta de escravos.

de notar que no orgamento do viajante britannico figuram nao so os adultos dos dous sexos como as criangas, entre as quaes era grande a mortalidade pela difficuldade da acclimacao e falta de sciencia e cuidado no tratamento das doengas. O calculo da populagao escrava differe muito nos dous auctores citados por ultimo, mas o razoavel em qual- quer caso e admittir que dous tergos do total dos habitantes eram formados por gente de cor, livre ou escrava. De 1808 a 1817 chegaram, segundo Spix e Martius, nada menos de 24.000 Portuguezes, fazendo portanto subir muito a pro- porgao dos brancos.

Proporgao quasi igual deve ser fornecida pelos estran geiros, entre elles mechanicos e artesaos inglezes, fundidores suecos, engenheiros allemaes, artistas e manufactores france- zes. No anno de 1820, calculava Henderson em 150.000 al mas a populagao do Rio de Janeiro, que outra avaliagao mais

��(1) A voyage to South America and the Cape of Good Hope, London, 1810.

(2) Memorias para servir a historia do Reino do Brazil, etc. Lisboa, 1825, vol. I.

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