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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/141

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 119

mas. Gragas a escassez da gente e a quasi nullidade do tra-

fico, possuia a propriedade mui diminuto valor, offere-

cendo-se por mil cruzados (125 libras esterlinas) uma casa

de campo com jardim e plantagoes bem tratadas, e podendo

adquirir-se por cem dollares uma habitagao decente com roga e

pomar nao longe da villa, onde os precos eram de resto cor-

respondentes.

Pode dizer-se que para as bandas do sul a capitania do Rio de Janeiro trajava as vestes da viuvez depois da ex- pulsao dos Jesuitas, antigos proprietaries da enorme fazenda -de Santa Cruz, como tambem o tinham sido do Engenho Novo, nas immediacoes da capital. A fazenda estava agora occupada pela coroa, decahida porem da sua primitiva pros- peridade que d antes se denunciava pela fartura da pro- ducgao agricola, assim como se revelava a industria dos pos- .suidores pelos canaes abertos entre os rios navegaveis, per- mittindo transportar em canoas ate o mar as mercadorias .a exportar. Referindo-se a semelhante proposito ao poder t esplendor da Ordem e a sua admiravel organizacao politica, escrevia Luccock, protestante dos mais intransigentes e cheios de preconceitos, que <; fallando geral e desapaixonada- mente, e licito affirmar ser obra da Companhia de Jesus tudo quanto no Brazil se encontrasse bem engenhado e executado, havendo a prosperidade e felicidade commum de- clinado desde a sua dispersao."

?Iawe fornece interessantes pormenores sobre o grau de abandono da fazenda de Santa Cruz depois de passar para a administragao regia, chegando - - esta informacao e de Luc- cock o desleixo ao ponto de se tornar precise fazerem-se requisicoes aos moradores da visinhanga, lavradores labo- riosos e affaveis que de bom grado emprestavam ao Rei, mas

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