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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/164

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142 DOM JOAO VI NO BRAZIL

destruido as fazendas urna vez fundadas a beira dos rios Doce e Belmonte, era a principal razao de so serem habita- das na costa a capitania do Espirito Santo e a comarca ba- hiana de Porto Seguro e de nao contarem com sua sahida mais natural as comarcas mineiras do Sahara e Serro do> Frio. A philanthropia do Correio Braziliense condemnou severamente a guerra feroz aos Botocudos emprehendida por ordem do conde de Linhares, mas sem o emprego da forga para avassallar esses selvagens rebeldes, e licito perguntar como se conseguiria renovar com escravos, immigrantes, bes- tas, bois e o mais apparelho de trabalho, as 144 fazendas. outr ora estabelecidas n aquella regiao. Entretanto, feita a guerra, informava o capitao general conde da Palma ao mi- nistro Linhares ( I ) que a duas das divisoes militares creadas. tinham affluido para cima de 3.000 pessoas com fazendas oil para se occuparem na mineragao.

De Minas se vinha a Bahia pela estrada do Tejuco- (Districto Diamantino) a Cachoeira, umas 250 leguas, em caravanas de 64 cavallos ou mulas. O caminho, posto que ainda frequentado, ja andava menos concorrido que o de Villa Rica ao Rio de Janeiro. Era comtudo seguro, livre de bugres e abundante em caga para abastecimento das tro- pas. A villa da Cachoeira constituia um entreposto consi- deravel de algodao, couros, chifres, farinha, assucar, cafe e fumo da regiao atravessada, podendo assim dividirem-se as zonas de producgao : perto da Cachoeira, assucar para ca- chac.a, tabaco e mandioca; no sertao, gado; ao chegar a Minas Geraes, algodao e cafe. Constituia tambem o termino da estrada um centre de contrabando do ouro em po e dos>

��(1) 29 de Janeiro de 1811.

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