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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/219

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 197

censura, comegou a publicar-se no dia 10 de Setembro de 1808, nao podia cornpetir em importancia com o periodico de Londres, no qual Hippolyto se batia valentemente pelos progresses de Portugal, apontando sem hesitagao os abuses e recommendando as melhores reformas sem abandonar o seu espirito de moderagao. A folha fluminense no seu pequenino formato, de quarto de folha de papel almasso, continha u os actos, decisoes e ordens do Governo, a commemoragao dos anniversaries natalicios da familia real e a das festas na Corte, odes e panegyricos as pessoas reaes, e por descargo de consciencia dos redactores a noticia dos principaes aconteci- mentos da guerra peninsular, que la iam resoar aos ouvidos da corte, longe dos perigos e das ealamidades de Portugal". ( i ) Continha tambem os annuncios das composigoes littera- rias que sahiam a luz, pois a acanhada Gazeta nao so servio, mau grado as suas deficiencies de reportagem e talvez mesmo merce d essas deficiencias, para estimular o gosto pelas noti- cias do estrangeiro, abrindo mais largo horizonte a leitura nacional, como a typographia montada para a sua impressao e dos papeis officiaes permittio a publicagao de varias obras de propaganda intellectual, entre ellas uma de Jose da Silva Lisboa sobre o commercio franco do Brazil.

D. Rodrigo era um enthusiasta de semelhante propa ganda, cujos ultimos resultados Ihe escaparam. O seu lemma fora sempre reformar de cima, transformar sem substituir, melhorar sem revolucionar. Por isso era a Intendencia de Policia destinada no seu conceito, mais ainda do que a zelar a seguranga publica, a defender as ideas absolutistas. D estas se mostrava D. Rodrigo sincero apologista, nutrindo forte

��(1) J. S. Ribeiro, o&. cit.

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