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234 BOM JOAO VI SO BRAZIL

gidos e ampliados mais de uma vez aquelles estatutos de 1812, foi possivel executal-os integralmente e dotar o curso nacional de estudos medicos de toda a indispensavel propria dignidade ( i ) . No emtanto, mesmo em tempo de Dom Joao VI, a escola do Rio foi cumprindo a missao a que se ,destinava, educando, entre outros, rapazes vindos das colonias portuguezas da Africa para se habilitarem como facultati- vos e voltarem a clinicar nas suas terras, e moc^os pobres pensionados pelo governo, os quaes ficavam obrigados a servir nos regimentos de linha.

O conde de Linhares, para quern a integridade nacio nal era mais do que uma preoccupagao, constituia uma ob- cessao, nao descancou emquanto nao estabeleceu na sede da nova corte uma academia de guardas-marinha em substi- tuigao da que fundara em Lisboa. Organizou-a no hospicio do mosteiro de Sao Bento com todos os instrumentos, livros, modelos, machinas, cartas e pianos que possuia em Portugal, sendo em 1809, por virtude de uma das providencias subse- quentes, creado um observatorio astronomico para uso da compan hia dos guardas-marinha. Logo depois fundou uma academia militar, aggregando-se d este modo por completo ao cultivo das sciencias exactas o ensino das profissionaes, a technica da guerra e a arte da defeza.

Nos tempos coloniaes funccionara no Rio uma aula de fortificagao, mandada estabelecer em 1699, e em 1793, du- rante o vice-reinado do conde de Rezende, abrira-se no Arse nal de Guerra (entao Casa do Trem) uma aula para prepare dos soldados e officiaes de linha e milicias. A Academia Mi litar creada pela carta regia de 4 de Dezembro de 1810

��(1) Mello Moracs, Chor. Hist.

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