Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/277

Wikisource, a biblioteca livre

DOM JOAO VI NO BRAZIL 255

espiritos pelo menos nao mostravam as consequencias do isolamento mental, nao poderiam resignar-se a quedarem sem destine politico na sua sociedade regenerada, culti- vando a poesia, a musica e os exercicios corporaes, em- quanto se dessorava o seu genio subtil, murchavam seus im- pulsos ardentes e se esgotava a esmo sua actividade n um clima debilitante em que, segundo bem escreveu Debret, a funcgao imaginativa cresce no sentido inverso da energia physica, dominando as faculdades enervadas.

Pouco poderia em todo o caso durar esse ostracismo de uma nacionalidade. Os nacionaes que, affrontando a ma- levolencia reinicola, continuaram a frequentar a corte no mesmo pe e com os mesmos direitos que os emigrados, a breve trecho reclamariam o que Ihes era ou julgavam ser- Ihes devido em materia de distincgoes e, em seguida a estas, de co-participagao effectiva na administragao, em tudo agindo com o impeto e violencia da sua natureza menos con- vencional, mal refreada, sem muitos refolhos, nem capacidade de resignagao consciente, nem tradigdes moderadoras de edu- cagao politica. E porque nao governariam elles a sua patria,

��familia real, e de um,a Mme. de Ramclioup, esposa de um ex-^consul geral de Franga "na Suecia, a qual foi amaBte de Napoleao no mo- mento da campanha do Egyipto, quando o marido era official do exer- cito, e se adia assim catalogada no inv^ntai-io .amoroso de Masson. Grande trabalho dava ao coronel Maler a fiscaliziagao d as rela- goes com Santa Helena, donide as vezes cln^ r avam embarcagoes a bus- car fimii-riiiientos. ^Inic. ];cr1r;ui<l r outras pessoas da casa do Im- pe radar prisioneiro fazituii e-ntao aos officia es dresses navios encom- ancndas (!o (\\ A* ma is carcciaiu, esboc.-airdo-sc por inicriiKvlio d ellos relagoes entre os exilaxlos de Longwood e os bonapartistas fanaticos do Rio, beijando algiins d estes com transporte conforme relata horro- rixado Maler, um cliinelo \-cllio da f/nnufc iiKin -clialr (jue Ihes Tier a As maos para medkla de cakj.ado. "Que V. Ex. se nao alvorote porem, oxiclamava ao Ministro o encarrewido de nogoicios ; alem de eu andar informado palawa por paLaivra do quo occorre na cidade, a vi gilancia o perfeit.a a bordo d afpiellas cmlvarcagoes merce das minlias relagoes com o encai iregado de negocios da Jnglaterra, nada sendo portanto descurado." (Off. de 18 de Jun ho de 181*. >

�� �