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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/337

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 315

gal, encetarem a inolvidavel campanha peninsular que levou Wellington a Tolosa e mais tarde permittio Waterloo.

Era Liniers o primeiro a oppor-se com inquebrantavel firmeza a tudo quanto fosse alterar, em beneficio directo ou indirecto de Portugal, a ordem de cousas oriunda das condi- goes hespanholas, posto que profundamente perturbadas. Nao e portanto de espantar que fosse elle radicalmente in- fenso emquanto governou, a saber, emquanto o nao obri- garam a retirar-se do governo, as vistas egoistas da Princeza Dona Carlota, por mais que esta o pretendesse captar. Antes de apparecer na lic,a como pretendente seriamente disposta a fazer valer seus direitos a futura Rainha de Portugal, sa- bemos com quanto desassombro o vice-rei de Buenos Ayres, fortemente apoiado no Cabildo que o instigava a repulsa, rejeitara o offerecinrento de Linhares de tomar Portugal sob a sua protecgao a colonia desamparada em vista da sub- jugagao da Hespanha pela Franca (i), e congracal-a com a Gra Bretanha, onde a conquista definitiva do Rio da Prata despertara o mais vivo enthusiasmo e acirrara os appetites de riquezas tao predominantes.

Ta mpouco, nao obstante ser Francez de nascimento e andar rodeado de Francezes, attendera Santiago Liniers as seducgoes do marquez de Sassenay, mandado de Bayonna por Napoleao em missao ao Rio da Prata, quando se deram a sbdicac.ao de Carlos IV e a desistencia de direitos dos seus filhos. Foi essa missao motivo ate para o vice-rei resolver com os membros do Ayuntamiento fazer proceder sem mais

��(1) Escreve o general Mitre na Historia de BeLgrano que por oocasiao chegoti Linievs a pcnsnr muito a scrio em invadlr o Brazil e renovar as proezas castol.ha.nas rl - I). P-dro Ceballos. Ja vf- rificamos comturlo, pelas proprias de claragocs ofificiaes do vice-rei, que se nao a.clinva . lli> com elementos para executav tao audacloso projecto, a menus d; 1 n cllc si> reencarnar o e&pirito de 1>. (Quixote.

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