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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/378

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356 DOM JOAO VI NO BRAZIL

massem as Cortes de Cadiz. Na alludida e extensa memoria enderegada ao ministro Linhares escrevia elle:

Nao posso dispensarme de dizer que concidero como impocivel reunir hum concentimento universal e unanime dos habitantes de Buenos Ayres. Devese forgosamente cami- nhar ou com o apoio do Governo e Magistrados, ou com o dos crioulos. Mas contemporizando com os dous partidos irre- conciliaveis de interesses, se malograrao todas as propostas. A prudencia do Commissario (que fosse enviado a Buenos Ayres) devera calcular qual de estes dous partidos he o mais seguro e influente ".

N outra memoria ( I ) apontava Contucci com abun- dancia de razoes o melhor meio a seguir no seu entender, que era o de auxiliar justamente o partido mais debil, o par- tido em embryao da libertagao americana, o qual ainda podia por conviccao ou conveniencia abragar como solugao media a realeza local de Dona Carlota Joaquina de Bourbon. O aventureiro aconselhava sem duvida o mesmo que aconselha- ria um homem honesto.

Buenos Ayres reconhecera successivamente differentes auctoridades, mas CcHitucci explicava bem que nao era isso devido a uniformidade de sentimentos ou de interesses; pois huns estao prontos a reconhecer qualquer dinastia seja Franceza, Hespanhola ou Musulmana, comtanto que achem nella a concervagao dos seus postos e impregos, e a continua- gao das restricgoens coloniaes; outros dezejao hum Governo que de esperangas de reformar a administragao, e proscrever toda a especie de restricgoens. Este ultimo partido he o mais numerozo, porem sem influencia em razao da discrepancia

��(1) Ardh. do Min. das Rel. Ext.

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