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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/401

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 379

em favor do proprio monopolio, o assucar e o fumo brazilei- ros, a corte de Lisboa, onde entao dominava o espirito vigo- rcfeo de Castello Melhor, retalhou prohibindo a entrada no Reino de mercadorias francezas.

Deu isto azo a que Geneva se apoderasse do mercado portuguez para as suas sedas, e que a Inglaterra visasse ao mesmo resuitado no tocante as las, ainda que com menos for- tuna visto em 1681 comecarem os Portuguezes a utilizar industrialmente a la dos seus carneiros (i). Successes poli- ticos vieram no emtanto preparar a posigao alvejada pelo commercio britannico. A subida de Philippe V, principe francez e fortemente sustentado por Luiz XIV, ao throno da Hespanha fez Portugal receiar de novo pela sua integri- dade com ver-se desamparado da Franga, e levou-o a lan- gar-se nos bragos da Gra Bretanha. O celebre tratado de Methuen, em 1703, que deu as manufacturas inglezas de la o monopolio do mercado portuguez e matou no Reino esta industria, foi o producto de semelhante phase diplomatica.

Como a Inglaterra pouco relativamente consumia dos productos agricolas do Reino, houve o saldo que ser pago com ouro do Brazil e assim foi aquella nagao progressiva- mente agambarcando todo o trafico com Portugal, para ahi exportando seu trigo, sua quinquilheria, municoes, navios e ate capitaes, os quaes, tornados em Land res a 3 ou 3 y 2 por cento, eram emprestados em Lisboa a juro de 10 por cento. O proprio commercio interior passou em boa parte para as casas da feitoria ingleza, com seus correspondentes nas varias proyincias. O ouro que sahia nao era somente para pagamento do excedente das exportagoes inglezas sobre as importagoes portuguezas: carregavam-no tambem os na-

(1) R aytnal, o&. cit.

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