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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/452

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430 DOM JOAO VI NO BRAZIL

��rector Pueyrredon o declarara e denunciara pirata, e que o paquete da Bahia fora queimado a vista d esta cidade, ex- clamando em seguida: " N uma palavra, Monsenhor, o com- mercio portuguez experimenta quotfdianamente perdas muito

��sensiveis.

��Os resultados eram naturalmente nefastos: "A inter- rupgao da circulacjio produz em toda a parte os mesmos ef- feitos: reduzir ao infimo o preco dos generos onde elles sao cultivates e e!eval-os a uma taxa excessiva onde elles sao consumidos: assim e que no Rio Grande, considerado o cel- leiro do Rio de Janeiro, a Ropulacao esta agora reduzida a so comer pao de milho." E ajuntava Maler como informa- goes geraes: "S. M. F., conforme mandei dizer a V. Ex-., mostrou muita actividade bem como desejo de por cobro a essa desordem, mas de que servem as melhores intengoes sem os meios de execugao ? As ordens do monarcha podem apressar a sahida das fragatas e corvetas, mas nao bastam para dar aos armamentos portuguezes a celeridade e presteza requeridas para capturar os piratas, e o que acontece e que fragatas e corvetas regressam de ordinario ao cabo de alguns dias de cruzeiro sem terem visto nem encontrado cousa al- guma. . . D est arte se acha o Brazil presentemente embara- cado e ameagado em suas relacoes maritimas com o exterior e com suas proprias capitanias, e nao creio que o governo do Reino Unido possua os meios de dar remedio a situagao. Apenas o concerto das potencias alliadas poderia restituir a paz a esta parte do mundo e a seguranga ao seu commer- cio" (i).

Era exactamente o que queria Palmella, no duplo in- tuito de proteger efficazmente o trafico mercantil e, entrando

��(1) Officio cit. de 14 de Agosto de 1818, ibidem.

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