DOM JOAO VI NO BRAZIL 455
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se faria mister uma expedigao maritima, quasi impossivel diante do senhorio oceanico exercido pela Inglaterra. A re- conquista em si nao teria sido difficil. Logo a 21 de Janeiro, poucos dias depois da capitulagao, escrevia o commandarite Manoel Marques ao gover-nador do Para pedindo muis tropa para guarnecer os pontos de desembarque. Achavam-se as forces de occupacao muito diminuidas pelo grande numcro de doentes, "consequencia infallivel dos excess! vos e penosos trabalhos" da campanha, e nao podiam a corveta ingleza e os dous brigues portuguezes en-trar em seguranga no rio, nem tampouco estacionar por longo tempo ao largo, "onde o mao fundo e as tempestades frequentes nesta estagao, ihe destroem as am arras e ferros."
Justamente esperavam-se n essa occasiao os reforgos e provisoes que mandara V r ictor Hugues vir de Franga e de que uma parte, na fragata Topazlo, de 44 pegas, com JOG homens de desembarque, apparecera defronte de Cayenna na noite seguinte a capitulagao. Nao podendo comtudo en- trar, eseapara-se para o norte, vindo apenas para terra n um escaler o ajudante de campo do general commissario, que fora o encarregado de ir solicitar na Europa os soccor- ros de que carecia a colonia para uma resistencia victoriosa.
Pouco depois, a 17 de Fevereiro, chegavam, porem, do Para, em duas galeras mercantes, os novos reforgos brazilei- ros que elevaram a guarnigao de Oayenna a 1.300 homens, sendo as mesmas galeras aproveitadas para transportarcm para a Europa a guarniqao franceza, ja dizimada pelas tc.- bres palustres. No brigue Infante, desarmado e posto em parlamentario, seguiram Victor Hugues e os empregados superiores da administragao que, diz-se, estavam anciosos por embarcar, como nao menos anciosos estavam os CJIE-
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